sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dolls I

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Tipos de Góticos

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• Old School
Este é o gótico tradicional, formado pela primeira geração dos anos de 1980. Muito influenciado pelo movimento punk, o old school faz uso de muito preto, maquiagem pesada, piercings, coturnos e jaquetas de couro. Assim como os adeptos do pós-punk (um meio termo entre o agressivo e o melancólico), abusam de penteados espetados com mechas em cores vibrantes e das jóias em prata.
Fãs de clássicos como The Sisters of Mercy, Bauhaus, Siouxsie and the Banshees e The Cure, acreditam que a atual cena gótica está morta e já não é mais a mesma.

• Medieval
Além do fascínio por construções antigas, como igrejas e cemitérios, o gótico medieval consiste em uma visão romântica deste período histórico tão sombrio. O canto gregoriano e a cultura celta são as maiores inspirações para as roupas simples e a pouca maquiagem; tanto os homens quanto as mulheres podem trazer os cabelos compridos, naturais - visto que durante a Idade Média e o Renascimento havia poucos ou nenhum método seguro de alisamento - e, por vezes, enfeitados com flores e pedrarias.
Em meio a espadas, machados e outras armas ornamentais, as bandas Dargaard e Dead can Dance são boas indicações.

• Vitoriano
Inspirado principalmente nos muitos anos (mais precisamente, 40) em que a Rainha Vitória vestiu-se somente com roupas pretas (desde a morte de seu marido, o Príncipe Albert, até o fim de sua vida), o gótico vitoriano procura resgatar a dignidade e a compostura da Inglaterra do século XIX. Corseletes, luvas, vestidos longos e armados, ternos, casacas, chapéus e bengalas - prezando sempre as rendas, os babados e bastante branco - figuram ao lado de uma pele imaculadamente pálida.
Prováveis leitores de Bram Stoker e Edgar Allan Poe, são ainda mais propensos ao teatro e à poesia; da ópera ao gothic rock, passando pela música clássica de Schubert e por bandas de darkwave, a norte-americana Rasputina é uma das mais apreciadas pelo gênero.

• Fetichista
Muito difundido nos anos de 1980, o fetish goth (como é chamado em inglês) transmite a idéia de explorar novas possibilidades e é um comportamento muito mais sexual do que propriamente social. Sensual e provocante, as roupas em couro e vinil são predominantemente de cunho sadomasoquista (S&M), utilizam-se de muito vermelho e costumam vir acompanhadas por todos os tipos de acessórios imagináveis, como algemas e coleiras - hábito inspirado na banda inglesa Bauhaus.
Quanto à música, a preferência é voltada para o new wave e para nomes que tragam traços da música eletrônica, como Depeche Mode.

• Vampírico
Baseados na lendária faixa Bela Lugosi's Dead, trilha sonora do longa The Hunger (Fome de Viver, 1983) gravada pelo Bauhaus, estes são os góticos que estão mais intimamente ligados ao culto do Vampirismo. Pálidos e aversos ao sol, tendem a ser pessoas divertidas, atraentes e amantes do famoso (e clichê) vinho tinto.
No cenário musical, a temática vampírica é recente e seu maior expoente é a banda italiana Theatres Des Vampires - pioneira do vampiric metal. Obras como Nosferatu e Dráculaem suas dezenas de regravações, além dos livros da escritora norte-americana Anne Rice e do clássico Carmilla - A vampira de Karnstein (de Joseph Le Fanu), são as principais referências para este gênero.

• Deathrocker
Versão mais sombria do punk. As roupas rasgadas, acessórios e moicanos tornam praticamente impossível diferenciá-los como góticos à primeira vista; as bandas que ouvem - como Christian Death, Tragic Black e Alien Sex Fiend - são a única coisa que talvez facilite o seu reconhecimento.

• Industrial
Originalmente conhecidos como rivet heads (cabeças de prego, em inglês), não se consideram góticos e rejeitam o convívio com a cena. A grande maioria sequer tem interesse por algo relacionado à cultura, e talvez eles só sejam chamados de góticos porque suas roupas e CDs podem ser encontrados nas mesmas lojas.
O industrial é muito inspirado em produções como Matrix, podendo ser tido como uma versão mais militarizada do cyber-gótico. Luvas de couro, máscaras industriais e penteados retos sem muitos detalhes se referem a bandas como Throbbing Gristle (considerada pioneira do ramo), Rammstein, Nine Inch Nails e Terminal Choice - o mais puro industrial.

• Cyber
Muito diferente de todos os outros tipos de góticos, o cyber goth é uma cena puramente eletrônica e futurista. Cada vez mais populares e não muito apreciados pela cena tradicional, os cyber talvez só sejam chamados de góticos porque a sua música ainda soa um pouco depressiva em relação às outras.
Inspirada na ficção científica, sua aparência é uma grande confusão de pequenos acessórios cuja principal marca é a mistura de cores fluorescentes com o preto. Nos pés, plataformas altíssimas; nos cabelos, Dread Falls Cyberlox (feitos com fiação elétrica e um material chamado tubular crin) ou Foam Falls (feitos com EVA) que não deixam de chamar a atenção.
Dentro da música eletrônica, costumam ouvir muito EBM (Eletronic Body Music), Future Pop e Noise, embora haja os que preferem o bom e velho darkwave. Android Lust, Das Inch e Frant 242 são nomes que exemplificam bem o gênero.

• Babybat
Também chamados de wannabes (querer ser, em inglês) e de termos menos agradáveis, os babybats (bebês-morcego) nada mais são do que os adolescentes que estão descobrindo a cultura e a cena. Discriminados pela pouca idade e pela inexperiência, tendem a parecer mais bizarros e trevosos do que extravagantes.
Ainda influenciados pela falsa idéia que a mídia faz dos góticos, passam a ouvir Marilyn Manson, Him e Lacrimosa - esta última sendo o mais próximo da real ideologia que conseguem alcançar nesse estágio.

• Headbanger
Um metaleiro não é necessariamente um gótico, mas o fato é que a atual geração está cada vez mais ligada às mais variadas vertentes do metal. A música gótica e o rock pesado têm muitas diferenças, mas também muito em comum - e a prova disso são o doom, o sinfonic e o próprio gothic metal.
Epica, Nightwish, Tristania, Type O' Negative, Theatre of Tragedy, Lacuna Coil e Orphanage inspiram a arte de muitos góticos através da fusão de dois gêneros que têm tudo para se dar muito bem.

• Lolita
Recente, o gothic lolita teve início no Japão e é formado predominantemente por adolescentes que tiveram algum contato com a cultura através do cosplay (costume play, hobbie de caracterizar-se como um personagem).
Marcado pela androginia, nada mais é do que uma mistura piegas entre elementos punk e glam; vestidos delicados e curtos em preto, sombrinhas, sapatos mary jane e homens com o máximo de características femininas possível. Na música, a banda japonesa Visual Kei é o principal ícone.

• Romântico
Sensual, obscuro e misterioso, o gótico puramente romântico - com traços presentes em quase todos os outros tipos - é também melancólico e sonhador. Laços, crânios e rosas mortas refletem a influência da poesia de Byron e Shakespeare e da música clássica de Wagner e Bach.

• Hippie

.Faerie, do blog Goin' Goth
Pode mesmo parecer estranho, mas a única diferença entre os góticos-hippies e os próprios hippies é a predominância do preto e o culto aos mais diversos símbolos ocultistas. Seguidores do Paganismo e da Wicca, são pessoas naturalmente amáveis - não necessariamente vegetarianas ou ativistas - que acreditam na boa energia de velas, incensos e cristais.
Na música, bandas de darkfolk e ethereal como Faith and the Muse e Inkubus Sukkubus.

• Corp
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Martha Stewart, do blog This is Corp Goth
Quando os góticos da primeira geração cresceram e precisaram trabalhar, surgiu o corporate goth: um meio termo que consegue adaptar o estilo às roupas sociais sem, no entanto, abrir mão dele. Os chapéus, ternos e corseletes em risca-de-giz e jóias prateadas foram difundidos em todos os outros gêneros por uma questão de necessidade.

Fonte:
O corvo

sábado, 20 de julho de 2013

Amor Atemporal

 
Confesso que parei no tempo...
Apesar das marcas registradas
durante o longo das estradas.
Ou ele me deixou pra trás,
correndo veloz demais...
Houve expressivas mudanças...
Por fora!
Por dentro continuo a mesma...
Antes e agora.
Às vezes me sinto idiota
nessa realidade ilusória.
Ser anormal, atemporal!
Felicidade irrisória...
Idiotice que me faz sorrir
pra quem me vê assim...
E de repente gargalhar
até chorar, de rir...De mim.
Ainda vivo meu primeiro amor!
Único!Outros eu já esqueci...
Com o mesmo ardor de adolescente,
a mesma paixão crescente...
Como se fosse hoje
o tempo em que me perdi.
Tantos anos se passaram...
Quantas águas rolaram
desde que ele se foi,
deixando terna saudade
que nunca deixo morrer...
Camuflo-a de cores vivas
e dela tento sobreviver.
Sua música ao piano...
No palco, minha dança,
ilusões por trás dos panos,
palavras de esperança,
gestos de amor,
beijos de batom na flor...
A doce entrega!
Emoção!
Vida a pulsar!
Coração!
Ainda danço. Sem pano vermelho...
Sem palco, sem aplausos...
Frente ao espelho!
Reverencio a mim mesma...
Revejo...Vibro com o que vejo!
Seu verde olhar
a me incitar...
E me ouso em passos inusitados
que mantenho guardados
para meus momentos calados...
E seu piano toca...E me toca,
ainda mais suave...
Mesmo em tom mais grave.
Notas musicais
irradiando claves de sol...
a solfejarem... me sussurrarem...
Trazendo-o bem junto a mim.
Amor sem fim!
Sou feliz desse jeito.
Insensata, mil defeitos...
A vida não é um tratado
e ninguém é perfeito.
Escuto minha alma
que tudo vê e pressente...
E revivo no presente
o grande amor do passado.
(Carmen Lúcia)

Rifa - Clarice Lispector

Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista... Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "
O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.